Polo Aquático nas Olimpíadas: história e todos os pódios

Embora o Brasil costume lutar por medalhas nos Jogos Olímpicos, há esportes em que o país ainda não possui uma forte tradição. Um exemplo disso é o polo aquático.

A modalidade masculina está presente nas Olimpíadas desde a segunda edição, em Paris 1900. Já o polo aquático feminino teve sua estreia apenas em Sydney 2000.

História do Polo Aquático nas Olimpíadas

Os Jogos Olímpicos da era moderna começaram em 1896, em Atenas, com um número limitado de modalidades em comparação aos dias atuais.

Entre os esportes presentes naquela primeira edição estavam atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, lutas, natação, tênis e tiro.

Diferentemente do que ocorre hoje, as mulheres não participaram de nenhuma competição naquela ocasião.

Apenas na edição seguinte, em 1900, as mulheres puderam competir pela primeira vez. Nesse mesmo ano, apesar da ausência do halterofilismo e da luta, 13 novos esportes foram adicionados ao programa olímpico, incluindo o polo aquático.

Curiosamente, nas duas primeiras edições, o torneio de polo aquático contou com várias equipes do mesmo país competindo entre si.

Nas primeiras edições do polo aquático olímpico, a Grã-Bretanha dominou, vencendo quatro dos cinco primeiros torneios.

No entanto, desde então, o país não conquistou mais nenhuma medalha de ouro, e seu único revés aconteceu em Saint Louis 1904, quando equipes americanas monopolizaram o pódio.

O domínio britânico foi substituído pelo sucesso da Hungria, que se tornou a maior campeã da história do polo aquático olímpico, com oito medalhas de ouro. Apesar dessa tradição, os húngaros não conseguiram conquistar o ouro nas três últimas edições dos Jogos.

No polo aquático feminino, os Estados Unidos têm reinado absolutos. Em seis edições disputadas, as americanas conquistaram medalhas em todas, e nas últimas três edições, garantiram o ouro, tornando-se as primeiras a alcançar esse feito na modalidade feminina.

Os maiores campeões

Nos primeiros anos, a Grã-Bretanha dominou o polo aquático nas Olimpíadas, mas foi a Hungria que se firmou como a maior potência da modalidade.

Ao longo de 28 edições, os húngaros conquistaram a medalha de ouro em oito ocasiões e subiram ao pódio mais seis vezes, solidificando sua tradição no esporte.

Por outro lado, no polo aquático feminino, a Hungria não obteve o mesmo sucesso, nunca conquistando uma medalha.

Quem domina o cenário feminino é os Estados Unidos, com três medalhas de ouro e presença garantida no pódio em todas as outras três edições disputadas.

Pódios do masculino

Olimpíadas	Ouro	Prata	Bronze
Paris 1900	Grã-Bretanha (Osborne Swimming Club)	Bélgica (Brussels Swimming and Water Polo Club)	França (Libellule de Paris) e França (Pupilles de Neptune de Lille)
St. Louis 1904	Estados Unidos (New York Athletic Club)	Estados Unidos (Chicago Athletic Association)	Estados Unidos (Missouri Athletico Club)
Londres 1908	Grã-Bretanha	Bélgica	Suécia
Estocolmo 1912	Grã-Bretanha	Suécia	Bélgica
Antuérpia 1920	Grã-Bretanha	Bélgica	Suécia
Paris 1924	França	Bélgica	Estados Unidos
Amsterdã 1928	Alemanha	Hungria	França
Los Angeles 1932	Hungria	Alemanha	Estados Unidos
Berlim 1936	Hungria	Alemanha	Bélgica
Londres 1948	Itália	Hungria	Holanda
Helsinque 1952	Hungria	Iugoslávia	Itália
Melbourne 1956	Hungria	Iugoslávia	União Soviética
Roma 1960	Itália	União Soviética	Hungria
Tóquio 1964	Hungria	Iugoslávia	União Soviética
Cidade do México 1968	Iugoslávia	União Soviética	Hungria
Munique 1972	União Soviética	Hungria	Estados Unidos
Montreal 1976	Hungria	Itália	Holanda
Moscou 1980	União Soviética	Iugoslávia	Hungria
Los Angeles 1984	Iugoslávia	Estados Unidos	Alemanha Ocidental
Seul 1988	Iugoslávia	Estados Unidos	União Soviética
Barcelona 1992	Itália	Espanha	Equipe Unificada*
Atlanta 1996	Espanha	Croácia	Itália
Sydney 2000	Hungria	Rússia	Iugoslávia
Atenas 2004	Hungria	Sérvia e Montenegro	Rússia
Pequim 2008	Hungria	Estados Unidos	Sérvia
Londres 2012	Croácia	Itália	Sérvia
Rio 2016	Sérvia	Croácia	Itália
Tóquio 2020	Sérvia	Grécia	Hungria
Paris 2024	Sérvia	Croácia	Estados Unidos

*Formado por equipes das antigas repúblicas da União Soviética.

Pódios do feminino

Olimpíadas	Ouro	Prata	Bronze
Sydney 2000	Austrália	Estados Unidos	Rússia
Atenas 2004	Itália	Grécia	Estados Unidos
Pequim 2008	Holanda	Estados Unidos	Austrália
Londres 2012	Estados Unidos	Espanha	Austrália
Rio 2016	Estados Unidos	Itália	Rússia
Tóquio 2020	Estados Unidos	Espanha	Hungria
Paris 2024	Espanha	Austrália	Países Baixos

Quadro de medalhas geral do Polo Aquático nas Olimpíadas

País	Ouro	Prata	Bronze	Total
Hungria	9	3	5	17
Itália	4	3	3	10
Grã-Bretanha	4	0	0	4
Estados Unidos	3	5	5	13
Iugoslávia	3	4	1	8
União Soviética	2	2	3	7
Sérvia	3	0	2	5
Espanha	2	3	0	5
Alemanha	1	2	0	3
Croácia	1	3	0	4
França	1	0	3	4
Austrália	1	1	2	4
Holanda	1	0	3	4
Bélgica	0	4	2	6
Grécia	0	2	0	2
Rússia	0	1	3	4
Suécia	0	1	2	3
Sérvia e Montenegro	0	1	0	1
Alemanha Ocidental	0	0	1	1
Equipe Unificada	0	0	1	1

O Brasil no Polo Aquático nas Olimpíadas

O Brasil não conseguiu garantir vagas no polo aquático, tanto no feminino quanto no masculino, para as Olimpíadas de Paris. No entanto, a equipe brasileira já participou de edições anteriores, embora sem resultados expressivos.

Nos Jogos Olímpicos de 2016, a Seleção Feminina estreou na competição, mas foi eliminada nas quartas de final. Na fase de grupos, o time perdeu os três jogos, e, nas quartas, enfrentou os Estados Unidos, sofrendo uma derrota por 13 a 3. Ao todo, marcaram apenas 13 gols em quatro partidas.

A seleção masculina tem mais história na competição, com oito participações. A última foi também em Rio 2016, quando o Brasil garantiu a vaga por ser o país-sede. Na primeira fase, venceu três dos cinco jogos, avançando para as quartas de final, onde foi eliminado pela Croácia, com um placar de 10 a 6.

A trajetória brasileira no polo aquático nas Olimpíadas começou em Antuérpia 1920, com outras participações em Los Angeles 1932, Helsinque 1952, Roma 1960, Tóquio 1964, Cidade do México 1968, Los Angeles 1984, e, mais recentemente, no Rio de Janeiro em 2016.

Na estreia, em 1920, o Brasil venceu a França por 5 a 1, mas foi eliminado após perder para a Suécia por 7 a 3. Em 1932, o time teve duas partidas, mas foi desqualificado após uma briga com o árbitro durante o jogo contra a Alemanha, onde perdeu por 7 a 3, resultando na prisão dos jogadores e anulação dos jogos.

Em 1952, a seleção perdeu para a Espanha por 3 a 2, mas venceu Portugal por 6 a 2 nas qualificatórias. Na fase de grupos, não conseguiu vitórias e foi eliminada. O mesmo aconteceu em 1960 e 1964, com a equipe terminando na última posição. Em 1968 e 1984, o Brasil conseguiu apenas um empate em cada edição, novamente ficando em último lugar no grupo.

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