A Olimpíada de Barcelona 1992 foi a 25ª edição Era Moderna dos Jogos Olímpicos. Este evento marcou um momento significativo para a Espanha e para a cidade catalã, trazendo reconhecimento e desenvolvimento para o país.

Os Jogos Olímpicos de 1992 foram notáveis pela participação de atletas de um grande número de países, incluindo muitas nações independentes após a dissolução da União Soviética e da Iugoslávia.

Olimpíada de Barcelona 1992

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Logo da Olimpíada de Barcelona 1992 (Divulgação/Internet)

Os Jogos Olímpicos de Barcelona representaram um investimento significativo por parte do governo espanhol e das autoridades locais. Estima-se que o custo total do evento tenha sido em torno de 9 bilhões de dólares americanos na época (cerca de 122 bilhões de pesetas espanholas).

Para abrilhantar a Olimpíada de Barcelona 1992, o investimento foi direcionado principalmente para a construção e renovação de infraestruturas esportivas/urbanas em Barcelona. A cidade passou por uma grande transformação, com novos estádios, ginásios, instalações para esportes aquáticos, além de melhorias em transportes públicos e infraestrutura urbana.

Após enfrentar boicotes por algumas edições, o evento finalmente desfrutou de uma celebração completa nos Jogos de Barcelona. Aproveitando a situação geopolítica mundial da época, a Olimpíada de 1992 contou com a presença das principais potências esportivas.

Após o fim da União Soviética, surgiu uma equipe formada por atletas das antigas repúblicas. Um grupo de países sob a sigla EUN (Equipe Unificada) continuou a tradição,  liderando o quadro de medalhas, conquistando um total de 112 medalhas (45 de ouro). Os países bálticos, Estônia, Letônia e Lituânia, participaram do evento de forma independente, marcando sua presença nos Jogos de Barcelona.

Esportes da Olimpíada de Barcelona 1992

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Abertura da Olimpíada de Barcelona (Icon Sport)

Na Olimpíada de Barcelona 1992, várias modalidades esportivas estiveram presentes, com algumas adições e novidades que marcaram a edição. Entre os novos esportes incluídos oficialmente, badminton e beisebol ganharam destaque.

Introduzindo no programa olímpico pela primeira vez, o badminton contou com cinco eventos: simples masculino, simples feminino, duplas masculinas, duplas femininas e duplas mistas.

O beisebol também fez sua estreia como esporte olímpico na Olimpíada de Barcelona 1992. O torneio, restrito ao masculino, foi um marco significativo para o esporte, que buscava maior reconhecimento e popularidade fora dos Estados Unidos.

Ao todo, 28 modalidades diferentes estiveram presentes na Olimpíada de Barcelona 1992. Os esportes variaram desde os mais antigos até aqueles que foram incluídos pela primeira vez nos Jogos Olímpicos. Veja abaixo a lista das modalidades que enriqueceram o evento:

Participantes da Olimpíada de Barcelona 1992

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Milhares de espectadores acompanharam os Jogos Olímpicos de Barcelona (Icon Sport)

A Olimpíada de Barcelona 1992 marcou um momento significativo na história olímpica, com a participação de 169 países, um recorde na época. Essa edição foi importante por algumas razões relacionadas aos países participantes.

Um dos aspectos mais marcantes dos Jogos de 1992 foi a participação da Alemanha como um país unificado, pela primeira vez desde 1964, após a queda do Muro de Berlim e a reunificação alemã em 1990.

Outro destaque foi a participação dos países recém-independentes que anteriormente faziam parte da União Soviética.

Com a dissolução da URSS em 1991, grande parte das nações competiram juntos sob a bandeira da Equipe Unificada, com exceção dos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), que competiram separadamente pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Países participantes
África do Sul Albânia Alemanha Andorra Angola
Antígua e Barbuda Antilhas Neerlandesas Arábia Saudita Argélia Argentina
Aruba Austrália Áustria Bahamas Bahrein
Bangladesh Barbados Bélgica Belize Benim
Bermudas Bolívia Bósnia e Herzegovina Botsuana Brasil
Bulgária Butão Camarões Canadá Chade
Chile China Chipre Colômbia Congo
Coreia do Norte Coreia do Sul Costa do Marfim Costa Rica Croácia
Cuba Dinamarca Djibuti Egito El Salvador
Emirados Árabes Unidos Equipe Unificada Eslovênia Espanha Estados Unidos
Estônia Etiópia Equador Fiji Filipinas
Finlândia França Gabão Gâmbia Gana
Grã-Bretanha Granada Grécia Guam Guatemala
Guiana Guiné Guiné Equatorial Haiti Honduras
Hong Kong Hungria Iêmen Ilhas Cayman Ilhas Cook
Ilhas Salomão Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Índia Indonésia
Irã Iraque Irlanda Islândia Israel
Itália Jamaica Japão Jordânia Kuwait
Laos Lesoto Letônia Líbano Líbia
Liechtenstein Lituânia Luxemburgo Madagascar Malawi
Mali Malta Marrocos Maurício Mauritânia
México Mianmar Moçambique Mônaco Mongólia
Namíbia Nepal Nicarágua Níger Nigéria
Noruega Nova Zelândia Omã Países Baixos Panamá
Papua-Nova Guiné Paquistão Paraguai Peru Polônia
Porto Rico Portugal Qatar Quênia República Centro-Africana
República Dominicana Romênia Ruanda Samoa Samoa Americana
San Marino São Vicente e Granadinas Senegal Serra Leoa Seicheles
Singapura Síria Sri Lanka Suazilândia Sudão
Suécia Suíça Suriname Tailândia Taipé Chinês
Tanzânia Togo Tonga Trinidad e Tobago Tunísia
Turquia Uganda Uruguai Vanuatu Venezuela
Vietnã Zaire Zâmbia Zimbábue Participantes Olímpicos Independentes

A história mais interessante da Olimpíada de Barcelona 1992

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Dream Team na Olimpíada de Barcelona 1992 (Icon Sport)

Uma das histórias mais fascinantes da Olimpíada de Barcelona 1992 foi a ascensão do Dream Team dos Estados Unidos no basquete masculino. Composto por lendas da NBA como Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird e outros craques do esporte, o time era uma verdadeira constelação de estrelas.

O Dream Team teve um domínio absoluto em todos as partidas disputadas nos Jogos de Barcelona 1992, vencendo os cinco confrontos da fase de grupos com uma média de 46 pontos de diferença. O técnico Chuck Daly, conhecido por treinar o Detroit Pistons na liga americana, não precisou pedir um tempo sequer durante todo o torneio.

De forma espetacular, com direito a 32 pontos de diferença, os Estados Unidos conseguiram vencer a talentosa equipe croata liderada por Tony Kukoc e Drazen Petrovic. Foram oito vitórias tranquilas, a medalha de ouro garantida no peito e um capítulo memorável na história do basquete olímpico.

Personagens interessantes da Olimpíada de Barcelona 1992

  • Derek Redmond (Grã-Bretanha) – Durante a prova dos 400 metros rasos, Redmond rompeu o tendão de Aquiles. Mesmo assim, ele decidiu completar a prova, apoiado pelo seu pai que o ajudou a cruzar a linha de chegada, emocionando o público.
  • Krisztina Egerszegi (Hungria) – A nadadora húngara conquistou três medalhas de ouro, destacando-se nos 100m e 200m costas, além do revezamento 4x100m medley. Ela já havia vencido ouro nos Jogos de Seul 1988, aos 14 anos, e continuou seu domínio em Barcelona.
  • Xuan Vinh Hoang (Vietnã) – O atirador conquistou a primeira medalha olímpica da história do Vietnã, ao ganhar o ouro no tiro esportivo, prova de pistola de ar 10 metros.
  • Vitaly Scherbo (Equipe Unificada) – Competindo pela Equipe Unificada (ex-URSS), o ginasta conquistou seis medalhas de ouro, dominando o evento de ginástica artística masculina.

Mascote da Olimpíada de Barcelona 1992

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Mascote da Olimpíada de Barcelona 1992 (IOC)

O mascote da Olimpíada de Barcelona em 1992 foi a Cobi, um cachorro estilizado criado pelo designer espanhol Javier Mariscal. O nome “Cobi” deriva de COOB'92, que é a sigla em catalão para Comitê Organizador das Olimpíadas de Barcelona 1992 (Comitè Organitzador Olímpic Barcelona 1992).

Embora tenha enfrentado alguma resistência inicial devido ao seu design moderno e não tradicional, Cobi conquistou o coração de muitos e é lembrado como um dos mascotes mais emblemáticos dos Jogos Olímpicos. Sua popularidade ajudou a estabelecer um novo padrão para o design de mascotes olímpicos, influenciando as escolhas de design de futuros personagens.

Quadro de medalhas da Olimpíada de Barcelona 1992

País Ouro Prata Bronze Total
Equipe Unificada 45 38 29 112
Estados Unidos 37 34 37 108
Alemanha 33 21 38 82
China 16 22 16 54
Cuba 14 6 11 31
Espanha 13 7 2 22
Coreia do Sul 12 5 12 29
Hungria 11 12 7 30
França 8 5 16 29
Austrália 7 9 11 27
Canadá 7 4 7 18
Itália 6 5 9 19
Grã-Bretanha 5 3 12 20
Romênia 4 6 8 18
Checoslováquia 4 2 1 7
Coreia do Norte 4 5 9
Japão 3 8 11 22
Bulgária 3 7 6 16
Polônia 3 6 10 19
Países Baixos 2 6 7 15
Quênia 2 4 2 8
Noruega 2 4 1 7
Turquia 2 2 2 6
Indonésia 2 2 1 5
Brasil 2 1 3
Grécia 2 2
Suécia 1 7 4 12
Nova Zelândia 1 4 5 10
Finlândia 1 2 2 5
Dinamarca 1 1 4 6
Marrocos 1 1 1 3
Irlanda 1 1 2
Etiópia 1 1 2 3
Argélia 1 1 2
Estônia 1 1 2
Lituânia 1 1 2
Suíça 1 1
Jamaica 3 1 4
Nigéria 3 1 4
Letônia 2 1 3
Áustria 2 2
Namíbia 2 2
África do Sul 2 2
Bélgica 1 2 3
Croácia 1 2 3
Participantes Olímpicos Independentes 1 2 3
Irã 1 2 3
Israel 1 1 2
Taipé Chinês 1 1
México 1 1
Peru 1 1
Mongólia 2 2
Eslovênia 2 2
Argentina 1 1
Bahamas 1 1
Colômbia 1 1
Gana 1 1
Malásia 1 1
Paquistão 1 1
Filipinas 1 1
Porto Rico 1 1
Catar 1 1
Suriname 1 1
Tailândia 1 1

Paralimpíada de Barcelona 1992

Seguindo o que aconteceu na Paralimpíada de 1988, o evento de 1992 teve a mesma sede dos Jogos Olímpicos. Diferente dos anos anteriores, os organizadores mostravam empolgação para ser a sede paralímpica também.

Isso permitiu que tudo que havia sido usado pelos atletas olímpicos, fossem usados também pelos paralímpicos. E, assim, criando as mesmas condições para os dois eventos.

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