Uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos Olímpicos, a ginástica artística faz parte da competição desde o início da era moderna, sendo um dos eventos esportivos mais prestigiados do mundo.
A competição masculina de ginástica artística teve início nos Jogos de Atenas em 1896, enquanto a primeira competição feminina ocorreu nos Jogos de Amsterdã em 1928, embora apenas a prova por equipes tenha sido disputada naquele ano.
Quer saber tudo sobre a ginástica artística nas Olimpíadas? Continue conosco para explorar a história, as modalidades disputadas e o quadro completo de medalhas com todos os países participantes.
História da ginástica artística nas Olimpíadas
Atualmente, três modalidades de ginástica são competidas nos Jogos Olímpicos, embora isso nem sempre tenha sido o caso. A ginástica rítmica foi incluída pela primeira vez nos Jogos de Los Angeles em 1984, e a ginástica de trampolim foi adicionada apenas nos Jogos de Sydney em 2000.
A ginástica artística, também conhecida como ginástica olímpica, é disputada desde os Jogos de Atenas em 1896. No entanto, naquela edição, apenas as provas masculinas faziam parte do programa olímpico.
A ginástica, como forma de exercício físico, tem origens que remontam à Pré-História e era praticada na Grécia e no Egito Antigo. Como esporte competitivo, ela surgiu apenas no século XIX, inicialmente sendo exclusiva para homens.
Atualmente, os homens continuam competindo na ginástica artística, mas a modalidade é ainda mais popular entre as mulheres. As primeiras provas femininas foram introduzidas nas Olimpíadas de Amsterdã em 1928.
No entanto, nos Jogos Olímpicos seguintes, em Los Angeles em 1932, apenas os eventos masculinos foram disputados. A competição feminina por equipes retornou ao programa olímpico em Berlim em 1936 e, desde então, nunca mais foi retirada.
Modalidades masculinas
Com o passar dos anos, a ginástica artística passou por grandes transformações, levando à remoção de várias modalidades do programa olímpico. Atualmente, as competições incluem:
- Equipes
- Individual geral
- Solo
- Barra fixa
- Barras paralelas
- Cavalo com alças
- Argolas
- Salto
Modalidades femininas
As mulheres levaram um tempo considerável até poderem competir nas provas de ginástica artística. Por isso, diferente dos homens, apenas um evento foi eliminado ao longo dos anos. As provas femininas na atualidade são:
- Equipes
- Individual geral
- Salto
- Barras assimétricas
- Trave
- Solo
Quadro de medalhas da ginástica artística nas Olimpíadas
Masculino
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
União Soviética | 39 | 38 | 17 | 94 |
Japão | 33 | 34 | 34 | 101 |
China | 22 | 14 | 10 | 46 |
Estados Unidos | 21 | 22 | 22 | 65 |
Suíça | 16 | 19 | 12 | 48 |
Itália | 14 | 4 | 9 | 27 |
Alemanha | 12 | 11 | 12 | 35 |
Finlândia | 8 | 5 | 12 | 25 |
Hungria | 8 | 5 | 4 | 17 |
Equipe Unificada | 6 | 4 | 2 | 12 |
Grécia | 5 | 3 | 3 | 11 |
Iugoslávia | 5 | 2 | 4 | 11 |
Rússia | 4 | 6 | 11 | 21 |
Suécia | 4 | 1 | 0 | 5 |
Checoslováquia | 3 | 7 | 9 | 19 |
Alemanha Oriental | 3 | 3 | 10 | 16 |
Grã-Bretanha | 3 | 3 | 6 | 12 |
Ucrânia | 3 | 2 | 4 | 9 |
França | 2 | 10 | 9 | 21 |
Coreia do Sul | 2 | 4 | 4 | 10 |
Bulgária | 2 | 2 | 5 | 9 |
Espanha | 2 | 2 | 0 | 4 |
Coreia do Norte | 2 | 0 | 0 | 2 |
Romênia | 1 | 4 | 4 | 9 |
Brasil | 2 | 2 | 1 | 5 |
Dinamarca | 1 | 2 | 1 | 4 |
Noruega | 1 | 2 | 1 | 4 |
Comitê Olímpico Russo | 1 | 1 | 2 | 4 |
Polônia | 1 | 1 | 1 | 3 |
Áustria | 1 | 1 | 0 | 2 |
Letônia | 1 | 1 | 0 | 2 |
Equipe Alemã Unida | 1 | 0 | 1 | 2 |
Canadá | 1 | 0 | 0 | 1 |
Israel | 1 | 0 | 0 | 1 |
Time Misto* | 1 | 0 | 0 | 1 |
Holanda | 1 | 0 | 0 | 1 |
Croácia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Bélgica | 0 | 1 | 1 | 2 |
Taipé Chinês | 0 | 1 | 0 | 1 |
Bielorrússia | 0 | 0 | 4 | 4 |
Armênia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Turquia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Uzbequistão | 0 | 0 | 1 | 1 |
Alemanha Ocidental | 0 | 0 | 1 | 1 |
*Nos primeiros anos de Olimpíadas, era permitido atletas de países diferente competirem juntos.
Feminino
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
União Soviética | 33 | 29 | 26 | 88 |
Romênia | 24 | 16 | 22 | 62 |
Estados Unidos | 17 | 22 | 16 | 55 |
Checoslováquia | 9 | 6 | 1 | 16 |
China | 7 | 7 | 9 | 23 |
Hungria | 7 | 6 | 10 | 23 |
Rússia | 6 | 9 | 8 | 23 |
Alemanha Oriental | 3 | 10 | 7 | 20 |
Equipe Unificada | 3 | 1 | 2 | 6 |
Ucrânia | 2 | 1 | 0 | 3 |
Holanda | 2 | 0 | 0 | 2 |
Comitê Olímpico Russo | 1 | 1 | 2 | 4 |
Alemanha | 1 | 1 | 1 | 3 |
Suécia | 1 | 1 | 1 | 3 |
Brasil | 1 | 1 | 1 | 3 |
Bélgica | 1 | 0 | 0 | 1 |
França | 1 | 0 | 0 | 1 |
Coreia do Norte | 1 | 0 | 0 | 1 |
Itália | 0 | 3 | 0 | 3 |
Equipe Alemã Unida | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 0 | 4 | 4 |
Japão | 0 | 0 | 2 | 2 |
Bulgária | 0 | 0 | 1 | 1 |
Polônia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Coreia do Sul | 0 | 0 | 1 | 1 |
Espanha | 0 | 0 | 1 | 1 |
Suíça | 0 | 0 | 1 | 1 |
Brasileiros na ginástica artística nas Olimpíadas
O Brasil possui três medalhas de ouro na ginástica artística dos Jogos Olímpicos. Arthur Zanetti conquistou a primeira delas em Londres 2012. No Rio 2016, ele também subiu ao pódio, desta vez com a medalha de prata. Ambas as conquistas foram nas argolas.
Já em Tóquio 2020, Rebeca Andrade foi a melhor no salto, conquistando a segunda medalha de ouro para o Brasil. Além disso, ela conquistou a prata no individual geral.
Os homens têm mais duas medalhas na ginástica artística, conquistadas na Olimpíada Rio 2016. Diego Hypólito ganhou a prata, e Arthur Nory assegurou o bronze. Ambas as conquistas foram na prova de solo.
Em Paris 2024, o Brasil fez história na ginástica artística. Brilhando na competição por equipes, Júlia Soares, Lorrane dos Santos, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Jade Barbosa conquistaram a medalha de bronze inédita.
Em solo parisiense, Rebeca concretizou ainda mais o título de melhor atleta olímpica do Brasil. A atleta terminou a competição com quatro medalhas no peito: uma de bronze (por equipes), duas de prata (individual geral e salto) e ouro (no solo).
Nas outras competições, as melhores posições de brasileiros foram de:
- Individual geral masculino: Sérgio Sasaki, 9º lugar, Rio 2016
- Equipes masculino: 7º lugar, Rio 2016
- Barra fixa: Francisco Barretto Júnior, 5º lugar, Rio 2016
- Barras paralelas: Sérgio Sasaki, 17º lugar, Londres 2012
- Cavalo com alças: Sérgio Sasaki, 17º lugar, Rio 2016
- Salto: Caio Souza, 8º lugar, Tóquio 2020
- Equipes feminino: 8º lugar, Pequim 2008 e Rio 2016
- Trave: 4º lugar, Rebeca Andrade, Paris 2024
- Solo: 1º lugar, Rebeca Andrade, Paris 2024
- Barras assimétricas: 11º lugar, Daniele Hypólito, Atenas 2004
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Repórter do Esportelândia desde 2024. Formada em arbitragem pela Federação Paulista de Voleibol. Fundadora e administradora da página Passe Na Mão, uma das maiores referência de voleibol feminino do país.