Com passagens marcantes por diversos clubes e uma trajetória de sucesso à frente da Seleção Brasileira, Tite acumulou títulos importantes e consolidou sua filosofia de jogo, baseada em disciplina, equilíbrio e intensidade.
Com isso, Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, se tornou um dos treinadores mais respeitados e admirados do futebol brasileiro.
Neste texto, vamos revisar sua trajetória desde os primeiros passos como técnico até os grandes momentos de sua carreira, com destaque para suas conquistas e a liderança na Seleção.
Quem é Tite?
Adenor Leonardo Bachi, mais conhecido como Tite, foi um jogador de futebol profissional e, atualmente, é técnico de futebol. Em 2016, ele assumiu o comando da Seleção Brasileira, cargo que ocupou até a Copa do Mundo de 2022.
Natural de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, veio ao mundo em 25 de maio de 1961. Ele é filho de Ivone e Genor Bacchi, que também foram pais de mais dois filhos, Beatriz e Ademir.
Na infância, Tite era chamado de Ade, uma forma curta de seu nome. Desde cedo, mostrou paixão pelo futebol. Sua trajetória como jogador profissional teve início logo após completar 20 anos.
Como Tite começou no futebol?
Tite iniciou sua carreira como jogador de futebol profissional em 1982, no Caxias do Rio Grande do Sul. Em 1978, ele realizou testes para a equipe do Caxias e foi aprovado, passando a integrar as categorias de base do clube gaúcho.
O ex-volante permaneceu no clube até 1984. Tite disputou 121 jogos e marcou 8 gols pelo Caxias.
Onde Tite jogou?
Após começar sua trajetória no Caxias, Tite recebeu chances de atuar por clubes como Esportivo Bento Gonçalves (RS), Portuguesa (SP) e Guarani (SP).
Na Portuguesa, ele se destacou jogando como volante. Embora não fosse o principal jogador da equipe, Tite conseguiu exibir um futebol consistente durante os dois anos em que esteve no time, entre 1985 e 1986.
Ainda em 1986, Tite se transferiu para o Guarani de Campinas, onde viveu os melhores momentos de sua carreira como jogador.
No Bugre, Tite jogou ao lado de craques como Ricardo Rocha e Evair, conquistando o vice-campeonato brasileiro em 1986 e 1987, além de ser vice-campeão do Campeonato Paulista em 1988.
Após enfrentar sérias lesões e longos períodos afastado, Tite teve que encerrar sua carreira aos 29 anos, em 1989, sete anos após sua estreia no futebol profissional.
Como Tite começou a carreira de técnico?
Após se aposentar do futebol como jogador profissional, Tite se formou em Educação Física na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) e foi tentar a sorte como técnico de futebol profissional.
Sua primeira oportunidade foi em 1990, no Guarany, do Rio Grande do Sul, clube que disputava divisões inferiores do Campeonato Gaúcho.
Quantos clubes o Tite já treinou em sua carreira?
No total, Tite já treinou 14 times de futebol profissional, sendo 12 no Brasil e dois no Oriente Médio.
O último clube que ele treinou foi o Corinthians, em 2016, antes de assumir o comando técnico da Seleção Brasileira no mesmo ano.
Times que Tite treinou
Período | Clube |
1990–1991 | Guarany-RS |
1991–1992 | Caxias |
1992–1995 | Veranópolis |
1996–1997 | Ypiranga-RS |
1997–1998 | Juventude |
1999–2000 | Caxias |
2001–2003 | Grêmio |
2003–2004 | São Caetano |
2004–2005 | Corinthians |
2005 | Atlético Mineiro |
2006 | Palmeiras |
2007 | Al Ain |
2008–2009 | Internacional |
2010 | Al Wahda |
2010–2013 | Corinthians |
2015–2016 | Corinthians |
2016-2022 | Seleção Brasileira |
2023- | Flamengo |
Principais trabalhos de Tite como técnico de clubes
Como técnico de futebol, Tite teve passagens marcantes em alguns clubes até o momento. Confira alguns trabalhos importantes do treinador:
Caxias
Pelo Caxias, no começo da década de 2000, conduziu o clube ao título do Campeonato Gaúcho, vencendo o Grêmio de Ronaldinho Gaúcho na finalíssima.
Aquela conquista impulsionou sua carreira para chances nos maiores clubes do Rio Grande do Sul.
Grêmio
Um ano após ser campeão estadual pelo Caxias, em 2001, Tite assumiu o clube que derrotou na final do Gauchão, o Grêmio. No comando do Tricolor, o treinador conquistou o primeiro grande título da sua carreira.
Comandando grandes nomes da história gremista, como Zinho, Mauro Galvão, Danrlei, Marcelinho Paraíba e Anderson Polga, Tite levou o Grêmio à conquista do Campeonato Gaúcho de 2001 e da Copa do Brasil do mesmo ano, vencendo o então campeão mundial Corinthians.
São Caetano
Pelo São Caetano, em 2003 e 2004, Tite formou o time que seria campeão do Campeonato Paulista de 2004.
Após montar a base do time, Tite foi demitido e, com Muricy Ramalho no comando, é que veio o único título do clube do ABC.
Internacional
Um dos trabalhos mais marcantes de Tite em toda sua carreira foi no Internacional de Porto Alegre. Anunciado em 12 de junho de 2008, o treinador permaneceu no Colorado até outubro de 2009, quando a diretoria rescindiu seu contrato.
No período em que esteve à frente do clube gaúcho, Tite conquistou o título da Copa Sul-Americana, em 2008, e fez com que o Inter fosse o primeiro time brasileiro a levantar essa taça.
Antes de sair do clube, no final de 2009, Tite ainda comandou a equipe colorada para mais um título estadual, o Campeonato Gaúcho de 2009.
Além de boas memórias, Tite deixou no Internacional a base do time para que o clube conquistasse mais uma Libertadores, no ano seguinte, em 2010.
Corinthians
Tite já teve três passagens pelo Corinthians e todas tiveram aspectos positivos, em especial as duas últimas.
Foi no clube paulista que o técnico conquistou os maiores títulos da sua carreira. As taças pelo Timão o credenciaram para assumir o comando da Seleção Brasileira em 2016.
Primeira passagem (2004-2005)
A primeira passagem de Tite pelo comando do Corinthians aconteceu entre 2004 e 2005. O técnico foi contratado em meados de 2004, quando o clube estava na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Sob o comando do gaúcho, o Corinthians reagiu e conseguiu não só se afastar da zona de rebaixamento, como terminou a competição em 6° lugar.
Em 2005, o Corinthians acertou a parceria com a empresa MSI, que levou ao fim de sua primeira passagem pelo clube.
Após entraves com o presidente da empresa, Kia Joorabchian, que acreditava que ele não era o técnico ideal para comandar o estrelado time de Tevez, Nilmar, Mascherano, Carlos Alberto, Roger e companhia, o técnico pediu demissão ainda no Campeonato Paulista.
Segunda passagem (2010-2013)
Temporada de 2011- Tite campeão brasileiro pelo Corinthians
Após Mano Menezes assumir o comando da Seleção Brasileira e a rápida passagem de Adilson Batista no comando técnico do Corinthians, o clube optou por contratar Tite já no fim do Campeonato Brasileiro de 2010. Naquele momento, o time estava na disputa pelo título.
O alvinegro, que contava com grandes nomes como Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno, acabou na terceira colocação e se classificou para as fases preliminares da Copa Libertadores de 2011.
Logo no começo de 2011, o Corinthians foi eliminado pelo Tolima na primeira fase da competição sul-americana, em um dos maiores vexames da história do clube.
A eliminação causou a saída do lateral-esquerdo Roberto Carlos do clube e também decretou a aposentadoria de Ronaldo Fenômeno do futebol.
Após a saída precoce na Libertadores, todos imaginavam que Tite seria demitido, mas o presidente Andrés Sanchez o bancou no cargo e, com certeza, não se arrependeu da escolha.
Fragilizado após a dolorosa eliminação, o Corinthians de Tite entrou na disputa do Campeonato Brasileiro como coadjuvante, mas como não disputava outras competições paralelamente (na época, os times classificados para a Libertadores não disputavam a Copa do Brasil). Assim, o Corinthians pôde se dedicar totalmente à competição nacional.
Depois de um início avassalador, conquistando nove vitórias e um empate nas 10 primeiras rodadas do Brasileirão, o Corinthians de Tite conquistou o 5° título do Campeonato Brasileiro de sua história.
Temporada de 2012 – Tite campeão da Libertadores pelo Corinthians
Com um estilo de jogo semelhante, defesa sólida, contra-ataque e eficiência, marcas do técnico Tite, o Corinthians apostava todas as suas forças para a conquista do inédito título da Copa Libertadores.
Em 2012, o time alvinegro começou com problemas e foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Paulista, diante da Ponte Preta. Mas, foi exatamente essa eliminação que mudou os rumos de Tite e do Corinthians naquele ano.
No jogo da eliminação, o goleiro Júlio Cesar falhou em um dos gols da Ponte Preta e, logo no jogo seguinte da Libertadores, nas oitavas de final, diante do Emelec, deu lugar para o goleiro Cássio, que estava no começo de sua trajetória no clube alvinegro.
Com Cássio no gol, tendo grandes atuações, o Corinthians passou pelo Emelec e encontrou o Vasco nas quartas de final.
No jogo da ida, 0 x 0 no Rio de Janeiro. Já na volta, Tite viu das arquibancadas Paulinho marcar de cabeça o único gol do jogo, que deu a classificação ao Corinthians para a semifinal da competição.
A história reservou um lance que ficou marcado na história para o confronto diante do Vasco.
Quando o atacante Diego Souza, da equipe carioca, ficou cara a cara com o “gigante” Cássio, o goleiro se saiu melhor e garantiu o placar para o Corinthians em um dos lances mais emblemáticos da campanha.
Nas semifinais, mais um confronto entre brasileiros. O Corinthians enfrentou o então campeão da Libertadores, o Santos, que tinha em seu elenco o craque Neymar e Paulo Henrique Ganso.
O equilíbrio do time e uma defesa extremamente segura montada por Tite foram suficientes para suportar a força do ataque santista comandada pelo “menino Ney”.
No jogo da ida, 1 x 0 para o Corinthians, com gol de Emerson Sheik. Na volta, o empate de 1 x 1 foi o suficiente para a classificação.
Pela primeira vez, o Corinthians chegava até uma final de Libertadores, e Tite e seus comandados estavam a todo vapor para a conquista do título tão sonhado pelos torcedores corintianos.
Na final, o Corinthians encarou o multicampeão do torneio, Boca Juniors, da Argentina. A tradição e a força em La Bombonera pesavam a favor do clube de Buenos Aires, mas o destino estava do lado dos corintianos.
Após um empate suado na primeira partida, em La Bombonera, por 1 x 1, com um gol de empate histórico marcado por Romarinho, aos 43 do segundo tempo, o Corinthians só precisava de uma vitória magra no jogo decisivo.
Foi então que, no dia 4 de julho de 2012, no Pacaembu, Tite e seus comandados conseguiram uma vitória por 2 x 0, com dois gols de Sheik, que dava o primeiro título da Libertadores da América da história do Corinthians, e uma vaga para o Mundial de Clubes no final do ano.
O título do Mundial de Clubes por Tite no Corinthians
Na disputa do Mundial de Clubes, o Corinthians passou pela primeira rodada ao derrotar o Al Ahly, do Egito, pelo placar de 1 x 0, com gol do peruano Paolo Guerrero.
Na grande final do torneio, Tite e o Corinthians enfrentaram o Chelsea, clube inglês que havia conquistado a Liga dos Campeões naquela temporada.
Mais uma vez, Tite mostrou do que era capaz e pôs em campo um time compacto e seguro, disposto a segurar o Chelsea, mas também com capacidade para agredir.
O título mundial do Corinthians veio com a vitória por 1 x 0, com mais um gol de Guerrero.
No confronto, Cássio foi eleito o melhor da partida e também da competição, título merecido, visto que o arqueiro pegou absolutamente tudo naquela noite de 16 de dezembro de 2012, no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, dando o segundo título mundial para o Corinthians.
Temporada 2013: o fim da segunda passagem de Tite pelo Corinthians
Em 2013, o Corinthians de Tite despontava como o grande favorito para a conquista do bi da Libertadores, principalmente após a chegada do zagueiro Gil, do meia Renato Augusto e da estrela para o ataque, Alexandre Pato.
Mas, o resultado dentro de campo foi abaixo do esperado. O Corinthians conquistou o título do Paulista e da Recopa Sul-Americana naquele ano, mas o desempenho na Libertadores foi decepcionante.
Tite e seus comandados foram eliminados pelo Boca Juniors, nas oitavas de final da competição.
Em um confronto bastante polêmico no segundo jogo, em que, segundo reclamações dos corintianos, o árbitro Carlos Amarilla deixou de marcar pênaltis claros para o time alvinegro e ainda anulou dois gols legítimos da equipe.
O Corinthians não teve força para virar o placar de 1 x 0, alcançando apenas o empate e sendo eliminado.
O clube ainda seria eliminado da Copa do Brasil, diante do Grêmio, nas disputas de pênaltis.
A última cobrança saiu do pé de Alexandre Pato, segunda contratação mais cara da história do clube. Após uma cavadinha do atacante diante do goleiro Dida, que não teve dificuldades em agarrar, o Corinthians caiu para o clube gaúcho.
A eliminação criou problemas internos de relacionamento entre o treinador Tite e Alexandre Pato, o que praticamente decretou o fim do ciclo do atacante com a camisa corintiana.
No Brasileirão, a campanha foi fraca e, assim, chegava ao fim a segunda passagem de Tite no comando do Corinthians.
No final do ano, o técnico foi demitido pela diretoria e prometeu ficar ao menos um ano se reciclando, estudando e buscando aprimorar um pouco do seu estilo. Ele buscava abandonar a fama de retranqueiro que o acompanhou durante esse período, apesar das grandes conquistas alcançadas.
Na segunda passagem pelo clube, Tite esteve à frente do Corinthians em 221 oportunidades e conquistou 5 títulos: Brasileiro (2011), Libertadores (2012), Mundial (2012), Campeonato Paulista (2013) e a Recopa Sul-Americana (2013).
Terceira passagem (2015-2016)
Após um ano fora dos gramados, Tite retornou ao Corinthians para a disputa da temporada de 2015, em que novamente o clube disputaria a Libertadores da América.
Mostrando um estilo diferente de jogo do que ele havia apresentado na passagem anterior, com uma capacidade mais ofensiva e menos “retranqueira”, Tite demonstrou rapidamente que o período ausente havia dado resultados.
Porém, após grandes atuações no início do ano, principalmente na fase de grupos da Libertadores, o Corinthians foi eliminado nas oitavas de final da competição sul-americana, diante do inexpressivo Guarani do Paraguai, dificultando o trabalho do técnico.
A eliminação precoce, para um clube sem expressão no futebol sul-americano, fez com que os fantasmas do Tolima assombrassem Tite e o Corinthians.
Após a saída do torneio, muitos pediam a demissão do técnico, mas, novamente, ele foi bancado no cargo e mostrou do que era capaz.
No Campeonato Brasileiro, o Corinthians embalou na metade da competição. Com grandes atuações coletivas envolvendo seus adversários, com um meio-campo bastante técnico, um ataque que funcionava e uma defesa sólida, Tite e seus atletas obtiveram uma campanha incontestável e conquistaram o título da competição.
Após o título brasileiro do Corinthians e uma fraca campanha do Brasil do técnico Dunga nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, muitos já apontavam Tite como o substituto ideal para o comando técnico da seleção.
Porém, a tão esperada troca no comando técnico da Seleção do Brasil só aconteceu em meados de 2016. Em junho daquele ano, Tite foi chamado para ser o técnico da Seleção Brasileira e deixou o Corinthians, encerrando sua terceira e última passagem pelo clube.
Nesse período, foram mais 106 jogos e um título conquistado, o Campeonato Brasileiro de 2015.
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Quando Tite se tornou técnico da Seleção Brasileira?
No dia 20 de junho de 2016, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou Tite como o novo técnico da Seleção Brasileira de Futebol.
Contratado para melhorar a fraca campanha do Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 e para recuperar o prestígio do torcedor brasileiro, Tite estreou no comando do Brasil no dia 1º de setembro de 2016, em um confronto diante do Equador, pelas eliminatórias. O Brasil venceu por 3 x 0, brilhando a estrela do técnico brasileiro.
Tite conseguiu recuperar a tempo a seleção, e o Brasil se classificou para a Copa com a melhor campanha das eliminatórias.
Participação de Tite na Copa do Mundo de 2018
Na Copa do Mundo de 2018, disputada na Rússia, Tite e o Brasil buscavam o hexacampeonato e tentavam acabar com um jejum que já durava 16 anos sem títulos do maior torneio de futebol do mundo.
Mas, após passar sem dificuldades pela fase de grupos e conseguir eliminar o México nas oitavas de final, o Brasil caiu diante da Bélgica nas quartas, acabando com o sonho da conquista.
Após a eliminação, muitos apontavam Tite como o principal culpado do fracasso e pediam a demissão do técnico. A CBF, entretanto, confiou no trabalho do treinador e o manteve no comando da Seleção.
Título de Tite com o Brasil na Copa América de 2019
Em 2019, um ano após o fracasso da Copa do Mundo, Tite e os seus comandados disputaram a Copa América em solo nacional.
Apontado como grande favorito por conta dos jogadores que possuía e por jogar em casa, o Brasil entrou na competição com a obrigação de conquistar o título.
No torneio, Tite conseguiu montar uma equipe não muito brilhante, mas sólida o suficiente para a conquista do título, derrotando o Peru na final, pelo placar de 3 x 1.
A trajetória da conquista da Copa América pelo Brasil em 2019 é retratada em Tudo ou Nada: Seleção Brasileira, uma das melhores séries de futebol.
Participação de Tite na Copa do Mundo de 2022
O Brasil fez uma eliminatórias da Copa de maneira bastante impecável, terminando de maneira invicta. Dessa forma, a seleção chegou com bastente favoritismo para a disputa do mundial no Catar.
Em sua estreia, a seleção venceu a Sérvia por 2 x 0, com uma verdadeira obra-prima de Richarlison no segundo gol, após passe de Vinícius Júnior. Na segunda partida, a seleção não contou com a participação do craque Neymar que havia se machucado.
O Brasil conseguiu mais uma vitória, dessa vez pelo placar mínino de 1 x 0 com gol de Casemiro. Já classificado, Tite optou por escalar a equipe reserva na terceira partida, criou muitas chances de gols, mas perdeu a para a seleção de Camarões por 1 x 0.
Nas oitavas, um verdadeiro passeio, a seleção aplicou uma goleada de 4 x 1 diante da Coreia do Sul. Já nas quartas, o Brasil sentiu dificuldade em marcar diante da Croácia, conseguiu apenas na prorrogação com Neymar fazendo um golaço. O seu gol de número 77 pela seleção, igualando a marca do rei Pelé.
Entretanto, faltando apenas quatro minutos para o fim, a Croácia em contra-ataque chegou ao gol de empate. Nos pênaltis, o Brasil perdeu com Rodrygo e Marquinhos e saiu fora da competição. Colocando também fim ao trabalho de Tite na seleção brasileira.
Flamengo
Tite, o treinador gaúcho de 62 anos, assinou um contrato com o Rubro-Negro que se estende até dezembro de 2024, coincidindo com o término do mandato do presidente Rodolfo Landim.
Essa marca a primeira incursão de Tite após seu período de cinco anos e meio como treinador da seleção brasileira. Durante esse tempo, ele conquistou a Copa América de 2019, mas foi eliminado nas quartas de final das Copas do Mundo de 2018 (pela Bélgica) e 2022 (pela Croácia).
Tite assume o posto de terceiro treinador do Flamengo em 2023. A temporada começou sob o comando de Vítor Pereira, mas ele foi demitido após uma série de derrotas em finais importantes (Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial de Clubes e Carioca).
Jorge Sampaoli foi contratado como substituto de Vítor Pereira, mas também não conseguiu manter o cargo após a eliminação na Libertadores e o vice-campeonato na Copa do Brasil, juntamente com uma campanha instável no Brasileirão.
Tite teve um início de sucesso com o time carioca, vencendo o Cruzeiro por 2 x 0 no Mineirão em sua estreia. Sua chegada ao Flamengo renovou as esperanças de conquistar novos títulos, seguindo a tradição dos últimos 5 anos.
No início de 2024, Tite conquistou seu primeiro título no comando do Flamengo. A equipe carioca foi campeã estadual.
Quantos títulos tem Tite na carreira como técnico?
Ao todo, Tite conquistou 16 títulos como técnico de futebol. Pela Seleção Brasileira, ele foi campeão da Copa América de 2019 e do Superclássico das Américas de 2018. Nos clubes que comandou, todos no futebol brasileiro, Tite foi campeão 14 vezes.
Pelo Corinthians, Tite conquistou seus principais títulos como treinador de clubes. No Timão, ele foi bicampeão brasileiro, campeão da Copa Libertadores, da Recopa Sul-Americana e campeão do Mundial de Clubes da Fifa.
Entre títulos internacionais, Tite tem também uma Copa Sul-Americana e uma Copa Suruga pelo Internacional. Já em conquistas nacionais, o treinador foi campeão também da Copa do Brasil, pelo Grêmio.
Todos os títulos de Tite como treinador
Títulos de Tite por clubes
- Campeonato Gaúcho – 2ª Divisão, pelo Veranópolis: 1993
- Campeonato Gaúcho pelo Caxias: 2000
- Copa do Brasil pelo Grêmio: 2001
- Campeonato Gaúcho pelo Grêmio: 2001
- Copa Suruga Bank pelo Internacional: 2009
- Copa Sul-Americana pelo Internacional: 2008
- Campeonato Gaúcho pelo Internacional: 2009
- Copa Libertadores da América pelo Corinthians: 2012
- Copa do Mundo de Clubes da FIFA pelo Corinthians: 2012
- Recopa Sul-Americana pelo Corinthians: 2013
- Campeonato Brasileiro pelo Corinthians: 2011, 2015
- Campeonato Paulista pelo Corinthians: 2013
- Campeonato Carioca pelo Flamengo: 2024
Títulos de Tite pela Seleção Brasileira
- Superclássico das Américas: 2018
- Copa América: 2019
Biografia de Tite
- Nome completo: Adenor Leonardo Bachi
- Data de nascimento: 25 de maio de 1961
- Local de Nascimento: Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
- Altura: 1,84 m
Curiosidades sobre Tite
Teste no Caxias: início no futebol
Uma curiosidade interessante da carreira de Tite foi marcada logo no seu início como jogador de futebol profissional.
Em 1978, com apenas 17 anos, Tite estava em uma escola local de Caxias, enquanto trabalhava em uma concessionária.
A escola em que estudava disputava competições escolares tradicionais e, em um certo dia, o time enfrentou uma escola que tinha como treinador Luiz Felipe Scolari, o Felipão, que também era jogador profissional de futebol pelo Caxias do Sul naquele período.
Tite e Felipão já haviam se enfrentado em outras oportunidades, mas aquele encontro ficou marcado. Felipão viu o talento de Tite e mais tarde o convidou para fazer um teste no Caxias, clube em que Scolari atuava.
Após o convite, Tite foi aprovado no teste e conseguiu dar início a sua carreira de jogador de futebol.
Como surgiu o apelido de Tite
Naquele confronto escolar, em que Tite enfrentou Felipão, o gaúcho ainda não usava o apelido que o consagrou. Na verdade, “Titi” era o apelido de seu colega, que atuou naquele mesmo jogo.
Na época, Tite era conhecido como Ade, como seus pais o chamavam. Ade e Titi foram chamados por Felipão para o teste no Caxias, mas o companheiro do consagrado técnico não compareceu.
Foi então que Felipão apresentou Ade como Tite para o comando técnico do Caxias. Embora haja a suspeita de que o treinador campeão mundial em 2002 apenas tenha trocado os nomes, há uma versão da história que aponta que Scolari teria chamado-o assim de propósito, por acreditar que Ade não era um bom apelido para o futebol.
O fato é que foi a partir daí que Adenor passou a ser chamado de Tite, apelido que ele carrega até os dias de hoje.
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Estudante de Jornalismo na Unesp de Bauru, participou de projetos de extensão como a Rádio Unesp Virtual (RUV), onde era editor de texto e áudio, produtor, locutor e comentarista no setor de esportes. Foi colaborador no projeto Atlas da Notícia e participa de trabalhos freelancers de conteúdos diversos. Na universidade, apresentou um documentário como TCC, sobre as torcidas organizadas dos grandes times de São Paulo, inseridas na cidade de Bauru. É apaixonado por esportes, essencialmente futebol, basquete e tênis, acompanha o noticiário regularmente e é fanático pelas histórias que envolvem esses esportes.