Saiba mais sobre a história do América-MG, o Coelho, um dos representantes do futebol mineiro no cenário nacional. Conheça seus principais ídolos, títulos e mais.
Início e história
O América-MG foi fundado em 30 de abril de 1912, por um grupo de jovens, que faziam parte da elite mineira da época. Inclusive, o nome foi escolhido com base em um sorteio realizado entre eles. As cores, que são as mesmas desde o início, foram decididas da mesma forma. O primeiro presidente foi Afonso Silviano Brandão.
Em 1916, começou o que se tornaria o decacampeonato estadual do Coelho. Já que foram seis vitórias seguidas, culminando no primeiro de 10 títulos mineiros seguidos. Aliás, o segundo título, no ano seguinte, veio de forma invicta. Os dois títulos foram conquistados em cima do Atlético-MG.
No entanto, o 11º título estadual só veio em 1948, mais de 20 anos depois. E, desde então, o América-MG só ficou com a taça em mais quatro edições da competição, sendo a última em 2001.
Já no cenário nacional, o Coelho teve destaque pela primeira vez em 1997, quando foi campeão da Série B. O clube mineiro levou a taça após terminar em primeiro lugar no quadrangular final, que tinha também Ponte Preta, Náutico e Vila Nova.
Mas a campanha na Série A não foi como o clube desejava, terminando na 21ª posição e rebaixado para a Série B.
Em 2009, o América, novamente tentando se reerguer, conquistou a Série C do Brasileirão, após bater o ASA na final. Foram dois jogos e duas vitórias dos mineiros, por 3 x 1 e 1 x 0. O gol que confirmou o acesso foi marcado por Bruno Mineiro, nos minutos finais do segundo jogo.
Após anos entre acessos e quedas, o América-MG está na 1ª divisão desde 2021. O retorno à elite do futebol brasileiro ocorreu sob o comando do então técnico Lisca, após um empate sem gols com o Náutico. O clube mineiro encerrou sua participação na Série B de 2020 em 2º lugar, com os mesmos 73 pontos da Chapecoense, que ficou com o título.
A primeira participação da equipe em competições internacionais foi em 2022, quando disputou a Libertadores da América, após terminar em 8º lugar no Brasileirão do ano anterior.
Na 2ª fase da competição, o Coelho eliminou o Guaraní, do Paraguai, nos pênaltis. Na 3ª, passou pelo Barcelona de Guayaquil, também nas penalidades máximas, se classificando para a fase de grupos. No entanto, terminou em último lugar no Grupo D, com apenas dois pontos, e foi eliminado.
Em 2023, a equipe disputou a Copa Sul-Americana. Segundo colocado no Grupo F, o América avançou às oitavas após eliminar o Colo-Colo na repescagem. Nas oitavas, deixou o RB Bragantino pelo caminho, em vaga decidida nos pênaltis. No entanto, nas quartas de final, a equipe caiu diante do Fortaleza.
Principais ídolos
Pintado
Teve duas passagens pelo América-MG, sendo a primeira em 1997, na campanha do título brasileiro da Série B, e a segunda, em 2000, quando conquistou a Copa Sul-Minas.
Euller
Conhecido como “o filho do vento”, atuou pelo Coelho durante mais de 10 anos, somando as duas passagens. Conquistou três títulos pela equipe, dois Estaduais, em 1993 e 2007, e a Série C do Campeonato Brasileiro, em 2009.
Jardel
Considerado por muitos torcedores do América o melhor goleiro da história do clube, atuou nos anos 50 e uma de suas características era jogar sem as luvas.
Jair Bala
No top 10 de artilheiros do América, Jair Bala marcou 79 gols em 91 jogos pelo clube. Em sua primeira passagem, em 1964, foi considerado o melhor jogador do Campeonato Mineiro.
Palhinha
Vestiu a camisa do América-MG em três períodos, sendo a primeira quando fez parte da base do clube. Fez parte do elenco vice-campeão da Série C, em 1990.
Títulos
- Campeonato Brasileiro – Série B: 1 (1997)
- Campeonato Brasileiro – Série C: 1 (2009)
- Campeonato Mineiro: 15 (1916, 1917, 1918, 1919, 1920, 1921, 1922, 1923, 1924, 1925, 1948, 1957, 1971, 1993 e 2001)
- Copa Sul-Minas: 1 (2000)
- Campeonato Mineiro – Módulo II: 2008
- Taça Minas Gerais: 1 (2005)
Artilheiros
- Satyro Taboada – 170 gols
- Gunga – 109 gols
- Petrônio – 106 gols
- Harvey – 89 gols
- Euller – 79 gols
Estádio
O América-MG manda seus jogos no estádio Raimundo Sampaio, também conhecido como Independência.
Formada em Letras pela UFRJ e em Jornalismo pela FACHA, Jéssica Albuquerque ama ler, escrever e futebol, e une as paixões no jornalismo.