Jogos indie são games produzidos por estúdios independentes sem grandes orçamentos. Os projetos são desenvolvidos com poucos recursos e funcionários, ao contrário das grandes produções de gigantes como EA, Sony, Ubisoft e Bethesda.
Mas isso não significa que os jogos indie são de baixa qualidade! Muito pelo contrário. É um mercado que cresceu assustadoramente nos últimos anos. Existem vários títulos lançados que foram aclamados pela crítica e até receberam premiações importantes.
Dito isso, elencamos um ranking com os melhores jogos indie já lançados até o momento. Você vai se surpreender com as histórias, personagens e mecânicas! Bora lá?
Melhores jogos indie da história
- Braid
- Celeste
- Cuphead
- Life is Strange
- GRIS
- Hellblade: Senua’s Sacrifice
- INSIDE
- Minecraft
- Shovel Knight
- Stardew Valley
Braid
- Lançamento: 2009
- Desenvolvedor: Number None
- Onde comprar: Steam
Abrimos a lista de melhores jogos indie da história com Braid, lançado em 2009. O game é claramente uma homenagem à aclamada série Super Mario, pois o personagem principal precisa resgatar uma princesa de longas tranças (braid em inglês) de forças malignas.
As semelhanças não param por aí. Braid é do gênero plataforma. Portanto, o jovem destemido precisa pular, correr, escapar de inimigos e escalar estruturas para passar de fase. Em vez de canos verdes, os mapas são compostos por canhões.
Braid, entretanto, é muito mais do que isso. O jogador terá de montar quebra-cabeças, interpretar metáforas e abusar da principal mecânica de jogabilidade presente no game: manipular o tempo. Isso mesmo! É possível retornar ou avançar os seus movimentos.
Jonathan Blow, criador dessa obra de arte singular, ficou três anos desenvolvendo o produto final. E cá entre nós: valeu cada segundo investido. Os cenários são cartunescos, clássicos e lindos. Além disso, o plano de fundo dos níveis lembra muito os traços artísticos do pintor Van Gogh. A trilha sonora então? Perfeita.
Blow já parecia prever o que estava por vir. Isso porque Braid foi um dos principais responsáveis pela popularização da escola indie. A década de 2010 chegaria e, junto com ela, inúmeros jogos extremamente bem produzidos.
Celeste
- Lançamento: 2018
- Desenvolvedor: Matt Makes Games
- Onde comprar: Steam
Celeste foi o melhor jogo indie de 2018. Isso se levarmos em consideração que o projeto da Matt Makes Games venceu a categoria Melhor Jogo Independente do The Game Awards daquele ano. A premiação é como se fosse o Oscar dos videogames.
Se o troféu foi merecido? Eu diria que foi mais do que merecido. Celeste encaixa-se no gênero plataforma 2D e prende a nossa atenção do início ao fim. O enredo fundamenta-se em uma narrativa brilhante, bem amarrada e pra lá de poética.
No game, Celeste é uma montanha gigantesca. A missão da personagem principal é chegar até o topo dela. Para isso, você terá que abusar dos controles clássicos de um título plataforma: andar, pular, subir escadas, escalar e derrotar adversários.
O cenário é construído em pixel art, mas nem por isso deixa de ser lindo e charmoso. Os movimentos são fluidos e há certos momentos em que você se surpreenderá com a riqueza de cores. Mas não pense que será uma missão fácil! Celeste exige bastante reflexo.
Cuphead
- Lançamento: 2017
- Desenvolvedor: Studio MDHR
- Onde comprar: Steam
Cuphead é certamente um dos melhores jogos indie de todos os tempos! O game run n’ gun é totalmente único, pois foi inspirado nas animações da década de 1930. Os desenvolvedores conseguiram reproduzir as técnicas artísticas da época com fidelidade e o resultado foi um jogo em formato de desenho!
Dá pra acreditar que os personagens, chefões e cenários foram completamente desenhados a mão? E que a trilha sonora, recheada de jazz e blues, faz referência ao cenário musical que realmente existiu ao começo do século XX? Não faltaram capricho e zelo na criação.
Quem vê de longe pensa que o jogo é destinado a crianças. Só que é totalmente ao contrário! A narrativa é sombria, psicodélica e profunda. Já o nível de dificuldade… sério, estamos falando de um dos games mais difíceis da história!
O plot é o seguinte: os irmãos cabeça-de-xícara vão ao cassino (gerenciado pelo Diabo em pessoa), apostam suas almas e acabam perdendo na jogatina. Só que o Capetão dá uma de bonzinho e oferece uma escapatória: coletar as almas de todos os monstros que devem dinheiro ao estabelecimento. É aí que começa a aventura!
Life is Strange
- Lançamento: 2015
- Desenvolvedor: Dontnod Entertainment
- Onde comprar: Steam
Life is Strange foi lançado no boom dos jogos indie em 2015. E com uma premissa muito interessante: divisão em cinco capítulos. O primeiro episódio foi lançado em janeiro e o último apenas em outubro, gerando muita expectativa pra quem embarcou na jornada.
A história acontece na visão de Max Caulfield, uma estudante de fotografia que se descobre capaz de controlar o tempo. Sua principal missão é manipular os acontecimentos históricos para evitar uma catástrofe em sua cidade, Arcadia Bay.
Todas as ações de Max provocam consequências na linha cronológica, exatamente como o efeito borboleta. Portanto, dependendo de suas escolhas, tudo pode mudar num piscar de olhos! É por isso que o jogo é um barato.
As linhas de diálogo são incríveis, complexas, profundas e melancólicas. É impossível não se arrepiar ao longo da narrativa. Por fim, Life is Strange conta com múltiplos finais. Vai depender de como você impactou personagens, conversas e eventos.
GRIS
- Lançamento: 2018
- Desenvolvedor: Nomada Studio
- Onde comprar: Steam
Continuamos a lista de melhores jogos indie já produzidos até hoje com uma história emocionante: GRIS. É dever seu, como gamer, vivenciar essa imersão tão complexa proposta pelos geniais desenvolvedores da Nomada Studio.
Na aventura, você controla Gris, uma garotinha de vestidos longos que, repentinamente, se encontra sem voz, cores e desejos. A partir do momento em que você toma o controle da personagem e começa a explorar o mundo, as memórias das protagonista pipocam na tela.
Não existem falas no game. Os textos são raríssimos e aparecem apenas para te dar instruções de narrativa e jogabilidade. O negócio é sentar na cadeira, revirar cada canto do ambiente e encontrar as respostas para os devaneios de Gris.
O jogo é de uma sutileza absurda. Não existe outra palavra para resumi-lo. Dos efeitos luminosos até o melodrama da trilha sonora – que é adaptativa – GRIS pode até parecer confuso no início, mas te prenderá em várias horas de gameplay.
O fio condutor presente no enredo é o mínimo para te fazer seguir a cronologia da história. Ao terminar GRIS, há de se concluir algumas coisas óbvias, mas os valores, aprendizados e referências ali presentes são interpretados de maneira única. Varia de jogador para jogador.
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Hellblade: Senua’s Sacrifice
- Lançamento: 2017
- Desenvolvedor: Ninja Theory
- Onde comprar: Steam
Embora Hellblade: Senua’s Sacrifice tenha gráficos que não ficam para trás de grandes blockbusters, o jogo desenvolvido pela Ninja Theory ainda sim é considerado independente. E que jogo, meus amigos!
Você literalmente entra na pele de Senua, uma guerreira celta que precisa visitar a Terra dos Mortos (o inferno da mitologia viking) em busca de um ente querido que já deixou o plano terreno. Ao mesmo tempo, a protagonista, que sofre de sérios distúrbios psicológicos, precisa lidar com vozes em sua cabeça.
Para se ter uma ideia, o jogo foi produzido com consultoria de profissionais da saúde que atuam na neurociência. Justamente para dar um ar ainda mais realista às experiências vividas pela jovem.
A ambientação é incrível. Isso é perceptível nos primeiros segundos de gameplay. O ponto fora da curva, no entanto, é a complexidade de Senua. Poucas vezes tivemos um personagem tão bem construído na indústria indie. A profundidade dos sentimentos da guerreira ficará marcada para sempre na sua vida gamer.
INSIDE
- Lançamento: 2016
- Desenvolvedor: Playdead
- Onde comprar: Steam
Intrigante. É o sentimento que você vai sentir jogando INSIDE. A Playdead, que já havia desenvolvido Limbo, outro jogo indie de renome, acertou novamente ao criar outra história perturbadora, misteriosa e original.
Você vai controlar um pequeno garotinho de camisa vermelha em uma Terra totalmente distópica. Algo de muito errado aconteceu no mundo, mas você não sabe o motivo. Esse é o primeiro aspecto que nos desperta a atenção.
Os gráficos são monocromáticos e bidimensionais. O protagonista não consegue faz nada além do que andar, correr, pular e interagir com objetos em segundo plano. Não há cutscenes e muitos textos – apenas o suficiente para você avançar.
A todo momento você terá de resolver puzzles, que variam em nível de dificuldade. Tudo isso envolto de uma atmosfera sombria e muitas vezes bizarra, que te traz uma sensação ainda mais melancólica através da trilha sonora.
O final é surpreendente. E deixa espaço para várias interpretações. Te faz refletir sobre a condição humana e como nos organizamos enquanto sociedade.
Minecraft
- Lançamento: 2011
- Desenvolvedor: Mojang Studios
- Onde comprar: Site oficial
Minecraft é um jogo indie? Sim, Minecraft é um jogo indie! É que o game tomou proporções gigantescas depois de lançado e se tornou um dos mais populares do planeta.
Produzido pela Mojang, estúdio independente, o sandbox amado por tantas pessoas (principalmente crianças e adolescentes) oferece infinitas possibilidades de construções, aventuras, histórias e narrativas.
A premissa básica de Minecraft todo mundo já sabe: coletar recursos, minerar, construir casas e enfrentar inimigos de noite. Mas o game vai além. Existem diversos modos de jogo. E mods, claro. É só deixar a imaginação fluir e se divertir.
Shovel Knight
- Lançamento: 2014
- Desenvolvedor: Yacht Club Games
- Onde comprar: Steam
Shovel Knight é um dos jogos mais bem conceituados de todos os tempos. É verdade que o título foi todo construído em 8-bit, o que remonta a vários clássicos do saudoso Nintendinho, mas se engana quem acha que o game é raso.
Muito pelo contrário. Shovel Knight é cirúrgico em todos os aspectos. A história é interessante, a ambientação é bonita, a jogabilidade é gostosa, o personagem é bem construído e os adversários são singulares.
Na telinha, você assume Shovel Knight, um honrado cavaleiro. A missão é resgatar sua amada companheira, Shield Knight, que foi capturada pela vilã The Enchantress. Para isso, você terá de passar por várias fases e derrotar um leque variado de chefões.
O progresso na história te faz coletar itens que são transformados em habilidades únicas. E você realmente precisa usá-las com maestria, pois cada boss exige uma estratégia diferente. A proposta de Shovel Knight pode até ser manjada, mas sua experiência jogando essa obra de arte será totalmente singular.
Stardew Valley
- Lançamento: 2016
- Desenvolvedor: ConcernedApe
- Onde comprar: Steam
Finalizamos a lista de melhores jogos indie da história com Stardew Valley. Você provavelmente vai torcer o nariz quando descobrir que se trata de um simulador de fazenda. Mas cara, vai por mim. O game é simplesmente maravilhoso!
A premissa básica de Stardew Valley é realmente cuidar da sua roça ao melhor estilo Harvest Moon. Isso significa que você será incumbido de plantar frutas e legumes, garimpar minerais, derrubar árvores, pescar peixes e vender o excedente.
O game, entretanto, vai além. Muito além. Como o mapa é aberto, você consegue se deslocar para a vila mais próxima. E aí visitar lojas, comprar insumos, negociar com NPC's e até mesmo cultivar relacionamentos com eles! Inclusive, amorosos.
Sério. É de uma complexidade absurda. A ponto do seu personagem ter que calcular em qual estação é melhor plantar aquele determinado alimento. Você encontrará tudo isso dentro de um universo colorido, simpático e realmente cativante.
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Julio César Puiati é jornalista formado pela PUC Minas e pós-graduado em Jornalismo Digital pelo UniBH. Editor-chefe da PL Brasil, redator do TechTudo e apaixonado por esportes – sobretudo futebol e basquete. Especialista em games, Premier League e NBA. Antes que me pergunte: esport é esporte sim!