O próximo brasileiro na F1 é aquele tipo de assunto que invariavelmente vai aparecer nas conversas dos fanáticos pelo maior campeonato de automobilismo do mundo.
Os pilotos do Brasil são de suma importância não somente para a competição em si como também para a audiência. Um competidor naturalmente engaja a torcida de seu país. Em mercado como o nosso, convenhamos, não é de se jogar fora.
O problema é que por um tempo simplesmente não existiam brasileiros candidatos à Fórmula 1. De lá para cá, no entanto, eles começaram a surgir.
Familiares de ilustres pilotos brasileiros como Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi, promessas inusitadas, joias a serem lapidadas, enfim, são mais de 10 postulantes ao grid. Eles estão nos mais diferentes momentos da carreira e com chances distintas de chegar lá.
Então quem será o próximo brasileiro na Fórmula 1? Só o tempo dirá. Mas você já pode conhecer os principais nomes na lista que montamos a seguir.
Os brasileiros candidatos à Fórmula 1
- Pietro Fittipaldi
- Sérgio Sette Câmara
- Enzo Fittipaldi
- Gianluca Petecof
- Caio Collet
- Felipe Drugovich
- Dudu Barrichello
- Pedro Piquet
- João Vieira
- Igor Fraga
- Guilherme Samaia
- Miguel Costa
- Gabriel Bortoleto
Pilotos brasileiros que podem chegar à F1
Pietro Fittipaldi
Tecnicamente falando, Pietro Fittipaldi já está na Fórmula 1. O neto do grande Emerson Fittipaldi é piloto de testes da Haas, a escuderia caçula do grid, desde 2018, quando tirou a Superlicença na Toyta Racing Series.
Se o seu desempenho nas pistas não é dos melhores — ainda que tenha vencido a Fórmula Renault em 2014 e tenha conseguido uma vitória na F3 Asiática em 2020—, o sobrenome, a moral dentro da equipe e os resultados dos titulares o posicionam com chances razoáveis para competir num futuro próximo.
Na reta final da temporada 2020, Pietro Fittipaldi obteve a chance de, efetivamente, correr na Fórmula 1. Depois do grave acidente de Romain Grosjean no GP do Barein, a Haas precisou substituir o francês no GP de Sakhir e decidiu dar a vaga para o neto de Emerson.
Pietro Fittipaldi será o 32º piloto brasileiro a correr num GP da Fórmula 1. O Brasil não tinha um piloto correndo na categoria desde o fim da temporada 2017, quando Felipe Massa se aposentou.
Sérgio Sette Câmara
Sérgio Sette Câmara é outro que já faz parte da F1, só não compete nela. Filho do presidente do Atlético Mineiro, o brasileiro faz parte do programa de desenvolvimento da Red Bull.
Na verdade, voltou ao programa em 2018, depois de ser dispensado em 2017 e ter integrado brevemente o time de desenvolvimento da McLaren. Conseguiu sua Superlicença no final de 2019 quando ficou em 3º na F2 e agora pode fazer testes e até treinos livres.
As constantes movimentações de pilotos na RBR e na Alpha Tauri criam a expectativa de uma chance mais cedo ou mais tarde.
Enzo Fittipaldi
Enzo Fittipaldi é irmão de Pietro e portanto também neto de Emerson. Está entre os pilotos brasileiros que podem chegar à F1. Bastante jovem (nascido em 2001), ele faz parte da academia da Ferrari.
Aliando seus bons resultados — fez uma temporada praticamente perfeita na F4 e foi vice da F3 Regional Europeia em dois anos consecutivos — com o interesse da organização em ter alguém com seu sobrenome no grid, Enzo tem boas chances de competir no futuro.
Gianluca Petecof
Outro brasileiro na Academia de Pilotos da Ferrari, Gianluca Petecoff é até mais novo que Enzo, tendo nascido em 2002. Conseguiu bons resultados em 2018 e em 2019, quando foi respectivamente campeão e vice-campeão da Fórmula 4 Italiana.
Ainda que não tenha um sobrenome forte, Petecof tem um patrocínio da Shell desde de quando competia nos karts, o que também é de alto interesse para a organização. Será o futuro da Ferrari brasileiro?
Caio Collet
Caio Collet é outro bom nome da geração de 2002. Nome consagrado no circuito do kart, passou para os monopostos só em 2018. Sem problema: venceu 7 provas e levou a Fórmula 4 da França logo na estreia.
Caio é membro da academia de pilotos da Felipe Massa pode colocá-lo em boas condições para, ao mínimo, tornar-se piloto de testes no futuro.
Felipe Drugovich
Felipe Drugovich não tem família histórica no grid, não é ligado à nenhuma equipe, sequer tem um grande patrocinador — a não ser a Drugovich Autopeças, da sua família, claro — mas é atualmente o melhor brasileiro da F2.
Em 2022, Felipe Drugovich foi coroado com a conquista da Fórmula 2. Em uma temporada espetacular, o jovem piloto se tornou o primeiro brasileiro a ser campeão da categoria.
O histórico da escuderia joga, de certa forma, ao seu favor, já que Sérgio Sette Câmara passou por lá antes de se filiar à Fórmula 1 pela Red Bull.
Vá além do Automobilismo! Confira também:
- As 10 melhores defesas da NFL em todos os tempos
- As 20 melhores jogadoras de tênis de todos os tempos
- Quiz: Tente adivinhar o jogador brasileiro pelo apelido!
- Conheça 10 celebridades donas de franquias esportivas
- Personagens do Valorant: nomes, skills e curiosidades
Dudu Barrichello
Não é exatamente provável que Dudu Barrichello faça parte da Fórmula 1. Sua trajetória o encaminha muito mais para a Fórmula Indy ou mesmo para a Stock Car, na qual o pai, Rubens Barrichello, venceu em 2014 e correu até 2016.
Ainda assim, nunca dá para descartar a presença de um jovem talentoso, com destaque na categoria da acesso da Indy, com patrocínio da quarta maior distribuidora de combustíveis do País e com uma ligação familiar tão grande, na Fórmula 1.
João Vieira
O próprio João Vieira sabe mais do que ninguém da dificuldade de conseguir uma vaga na Fórmula 1. O brasileiro ficou entre 2016 e 2018 praticamente fora das competições europeias por falta de verba.
Superar dificuldades, porém, parece uma especialidade do tocantinense. Ele, afinal, conseguiu um contrato na European Le Mans Series, na Fórmula 4, em 2020 e tem finalmente um caminho mais claro, ainda que dificílimo, para a F1.
Pedro Piquet
O filho de Nelson Piquet não tem lá as maiores chances de competir na Fórmula 1. Tem uma idade “avançada” (nasceu em 1998) para quem não é ligado à nenhuma escuderia e teve destaque somente na pouco expressiva GP3.
Ainda assim, Pedro Piquet tem o sobrenome a seu favor e está no melhor lugar possível para quem busca uma chance na elite: competindo na F2 pela Charouz Racing System.
Igor Fraga
Igor Fraga é certamente o piloto brasileiro com a história mais diferente entre o presentes nesta lista. A começar que ele nasceu no Japão — em Kanazawa, no distrito de Ishikawa, para ser mais exato.
Para além de sua nacionalidade, Igor se diferencia por ter se dedicado aos esports concomitantemente ao automobilismo. Vencedor do campeonato de Gran Turismo e finalista do jogo da F1, o nipo-brasileiro conseguiu o apoio financeiro da Sony para competir na F3.
Seu desempenho nas “categorias de base” chamou a atenção da Red Bull, que em 2020 adicionou o jovem da geração de 1998 ao seu programa de desenvolvimento — como parceiro, portanto, de Sérgio Sette Câmara.
Guilherme Samaia
Guilherme Samaia é outro brasileiro que não tem tantas chances assim de competir na Fórmula 1, muito por conta de sua idade (nasceu em 1996) e por ter nenhuma ligação com as equipes da elite.
Contratado pela Campos Racing para pilotar na F2 de 2020, Guilherme está no páreo mesmo assim. Ele tem um ótimo histórico no circuito do Brasil, vencendo a Fórmula 3 Brazil Light e a Fórmula 3 A Brasil.
Miguel Costa
Miguel Costa é o caçula da lista. E bota caçula nisso. Nascido em 2009 (!!), o brasileiro foi o mais jovem vencedor de uma prova no Mundial de Kart. Ele continua na categoria, mas já fazendo parte da academia de pilotos da Sauber/Alfa Romeo. Foi inclusive anunciado na equipe em 2019, quando tinha 10 anos.
O caminho que Miguel tem a percorrer até a Fórmula 1 é muito longo, então ainda não dá para saber a extensão de seu talento ou sequer a sua real intenção dentro do automobilismo. O que sabemos é que há um enorme potencial.
Gabriel Bortoleto
Gabriel Bortoleto é outra empolgante promessa do automobilismo brasileiro. Com apenas 18 anos, o jovem piloto conquistou Fórmula 3 na temporada 2023.
Terceiro colocado no Mundial de Kart em 2018, Gabriel tem uma competição grande dentro do próprio time, que tem o filho de Montoya e o “fenômeno” Gabriel Mini como prioridades.
Ainda assim, é jovem e está muito bem posicionado para construir um bom caminho rumo à Fórmula 1.
Depois de conhecer os brasileiros que podem pilotar na Fórmula 1, aproveite para conferir outros conteúdos de automobilismo:
- Motor, Lauda e piloto milionário: o domínio da Mercedes na F1
- Lewis Hamilton x Michael Schumacher: quem é o melhor da F1?
- Os investimentos e os resultados da Red Bull na Fórmula 1
- Lewis Hamilton e a luta por diversidade da Fórmula 1
- Roteiro de cinema: como a Brawn GP foi campeã da Fórmula 1
*Última atualização em 15 de novembro de 2023
Jornalista formado pela UNESP, foi repórter da Revista PLACAR. Cobriu NBB, Superliga de Vôlei, A1 (Feminino), A2 e A3 (Masculino) do Campeonato Paulista e outras competições de base na cidade de São Paulo. Fanático por esportes e pelas histórias que neles acontecem, dos atletas aos torcedores.