Jody Scheckter chegou na Fórmula 1 em 1972 e foi o último campeão pela Ferrari antes da morte de seu fundador, Enzo Ferrari. Em uma época onde a F1 contava com personalidades como Emerson Fittipaldi, Niki Lauda e James Hunt, o sul-africano conseguiu se sagrar campeão mundial.
Logo, conseguiu tal feito em uma das maiores equipes da história da categoria. É fácil constatar que a história deste piloto merece destaque. Por isso, vamos contar tudo o que você precisa saber sobre o campeão de 1979.
Quem é Jody Scheckter?
Jody David Scheckter é um ex-piloto de Fórmula 1, que correu na categoria entre os anos de 1972 e 1980. De antemão, nasceu em 29 de janeiro de 1950 em East London, África do Sul.
Logo, sendo um piloto com o estilo de pilotagem agressivo, recebeu o apelido de Baby Bear (bebê urso). A princípio, disputou provas em carros de turismo, em campeonatos locais. Seu primeiro veículo de corrida foi um Renault 8 Gordini.
A estreia na Fórmula 1
Sua primeira corrida ocorreu no GP dos Estados Unidos em 1972, no circuito de Watikins Glen. Ao passo que, correndo com a McLaren M19A, largou em 8º e chegou em 9º. Em contrapartida, conseguiu estar na 3ª colocação, mas uma rodada durante a prova não permitiu que o piloto estreasse com pódio.
Dessa forma, causou boa impressão e garantiu mais cinco corridas com a equipe em 1973. Dividindo seu tempo com a Fórmula 5000, não conquistou pontos naquela temporada da F1.
A chegada na Tyrrell
Após o término do contrato com a McLaren, Scheckter foi contratado por Ken Tyrrell para correr em sua equipe. Assim, teve como companheiro o francês Patrick Depailler. De antemão, o ano de 1974 foi uma virada de chave para Jody, que teve uma temporada espetacular.
A primeira vitória de sua carreira aconteceu no GP da Suécia. Logo depois, venceu o GP da Inglaterra, fechando o ano em 3º lugar no mundial de pilotos, atrás apenas do campeão Emerson Fittipaldi e Clay Ragazzoni. Ao término da temporada, o sul-africano conquistou 45 pontos, 10 a menos que o líder.
Em 1975, não obteve bons resultados e ficou apenas na 7ª colocação no mundial de pilotos, faturando sua corrida caseira, o GP da África do Sul.
O icônico carro de seis rodas
O P34 foi um carro único na história. A princípio, o veículo poderia causar certo desconforto, já que contava com seis rodas. Quatro ficavam na parte dianteira e duas na traseira.
Assim, naquele ano de 1976, marcou novamente o P3 no campeonato, pontuando em 12 das 16 etapas. Em uma temporada cercada pelo grande embate entre Hunt e Lauda, Jody Scheckter conseguiu um bom desempenho, anotando sua despedida da Tyrrell.
A aposta na Wolf
Com a carreira encaminhada, Scheckter decidiu apostar em uma nova escuderia que surgia, a Wolf. Certamente, fez uma boa escolha, já que na 1ª corrida da equipe, o carro do canadense Walter Wolf demonstrou que poderia surpreender.
Após largar em 11° no GP da Argentina, Jody Scheckter escalou o pelotão e venceu com mais de 40 segundos de vantagem. Em 1977, chegou a ganhar mais duas corridas (Mônaco e Canadá), o que lhe rendeu o vice-campeonato, ficando atrás apenas de Niki Lauda.
Em 1978, o time não conseguiu repetir o resultado do ano anterior e faturou apenas dois 3ᵒˢ lugares (Mônaco e EUA) e ficou na 7ª colocação, somando 24 pontos.
A conquista do título com a Ferrari
Com um motor de 12 cilindros, a Ferrari buscava elaborar o melhor carro do grid. Aliás, conseguiu! Jody Scheckter integrou o time dos Tiffosi, em 1979. Com uma sequência de bons resultados em suas equipes anteriores, o sul-africano assinou com os italianos para dar sequência a sua carreira.
Com três vitórias (Bélgica, Mônaco e Itália), faturou o título com apenas quatro pontos de vantagem para o vice-campeão e companheiro de equipe, Gilles Villeneuve. Ao todo, foram 51 pontos conquistados até o 1º e único título de Scheckter.
O adeus a F1
Após ser campeão mundial, Jody Scheckter seguiu na Ferrari em 1980. Porém, o ano foi extremamente complicado para os italianos, que conquistaram apenas oito pontos ao longo do ano (dois com Scheckter e seis com Villeneuve).
Dessa forma, o sul-africano optou pela aposentadoria, correndo pela última vez na Fórmula 1 no dia 5 de outubro, no GP do Leste dos Estados Unidos.
Números na Fórmula 1
Ao todo, foram 113 GP's disputados, 10 vitórias, 33 pódios, 246 pontos e três pole positions em sete anos na categoria.
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Editor no Esportelândia e redator no site Showmetech. Comentarista no portal “De Olho no Peixe” e diretor do documentário “Futebol do Espetáculo”, disponível no YouTube. Passou por Cinerama, PL Brasil e Futebol na Veia. Está no Esportelândia desde 2022.