Destaque da Fórmula 1 na década de 80, Gunnar Nilsson é um ex-piloto de automobilismo que brilhou nas pitas ao longo da carreira.

Uma das estrelas da Lotus, Nilsson fez sua esteia na F1 em 1976, no GP da África do Sul. No entanto, apesar da enorme expectativa, o piloto sueco não conseguiu terminar a corrida.

Confira aqui do Esportelândia um pouco mais sobre a trajetória de Gunnar Nilsson na Fórmula 1.

Início de Gunnar Nilsson na Fórmula 1

Gunnar Nilsson nasceu em Helsingborg, Suécia. Ele estreou na Fórmula 1 em 1976, na segunda corrida, no GP da África do Sul, substituindo o compatriota Ronnie Peterson na Lotus, que se desentendeu após o GP do Brasil em Interlagos com Colin Chapman.

Em tão pouco tempo adaptou-se rapidamente ao carro. Na terceira corrida, o GP da Espanha, em Jarama, terminou em 3º lugar, obtendo o primeiro pódio na carreira. Obteve ainda mais um 3º, desta vez no GP da Áustria, em Österreichring. Terminou o campeonato em 10º lugar com 11 pontos.


Você ama outros esportes além de automobilismo? Aqui no Esportelândia também falamos sobre:

Comovente história de Gunnar Nilsson

Em 1977, como segundo piloto, Gunnar Nilsson obtém a primeira e única vitória na carreira. Ela aconteceu na encharcada pista de Zolder, na Bélgica. Fez ainda a volta mais rápida dessa corrida.

O piloto sueco conseguiu o último pódio na carreira, ficando atrás de Niki Lauda da Ferrari James Hunt da McLaren, o vencedor no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.

Conforme a temporada chegava ao fim, Gunnar Nilsson já sofrendo de dores de cabeça constantes. Por outro lado, o piloto já havia firmado contrato com uma nova equipe: a Arrows. Encerrou o campeonato em 8º lugar, somando 20 pontos, sua melhor posição na carreira.

Após uma série de exames, os médicos diagnosticaram que a dor de cabeça de Gunnar Nilsson na verdade era um câncer testicular, uma condição comum em homens jovens.

Contudo, naquele momento, esse tipo de câncer era fatal e suas chances de sobrevivência eram limitadas. Diante disso, ele optou por interromper sua carreira para focar no tratamento da doença.

Enquanto estava no Hospital Chaning Cross, em Londres, um dos melhores do mundo na área da Oncologia, Gunnar Nilsson reparava no sofrimento das crianças ao serem submetidas aos vários tratamentos, como a quimioterapia e a radioterapia.

Tal como eles, Nilsson perdeu o seu cabelo, mas recusava os sedativos, achando que seriam melhor aplicados nas crianças. Nessa altura, tinha o apoio e a solidariedade dos seus colegas pilotos, que o homenageavam sempre que o podiam.

Em Zolder, Mario Andretti dedicou a sua vitória ao ex-companheiro. Outro dos seus amigos no “paddock” era Ronnie Peterson, que o tinha substituído na equipe.

No entanto, o que ocorreu em Monza, em setembro, acelerou o desfecho da história. Com a morte de Ronnie Peterson, Gunnar Nilsson ficou muito abalado e frágil. Ele fez questão de ir ao funeral de Peterson em Örebro, sua cidade natal. Depois, voltou para Londres, onde veio a falecer em 20 de outubro de 1978, um mês antes de completar 30 anos.

A fundação de Gunnar Nilsson

  • Um ano depois da sua morte, a sua mãe Elisabeth lançou o “Gunnar Nilsson Cancer Foundation“, que se dedica à investigação e tratamento do câncer.
  • Quando a sua mãe morreu, alguns anos mais tarde, toda a sua fortuna reverteu-se para esta fundação, que se tornou numa das poderosas do seu país. Hoje em dia, graças ao trabalho cientifico, o câncer testicular tem cura em mais de 90% de casos, contra os cerca de 10% há 30 anos.
  • Por fim, em 1979, o ex-beatle George Harrison doou a Fundação todos os ganhos com a gravação do single “Faster“, canção dedicada aos heróis do automobilismo.

Aproveite para se aprofundar ainda mais no esporte com nossos outros conteúdos: