A nova geração de carros da Nascar é mais do que engenharia e design. É um prenuncio de mudanças mais profundas na categorias, de novas pistas a novos pilotos. O que tem sido alvo de polêmicas desde o fim de 2020, até os dias atuais.
Como são os novos carros da Nascar
Como é costumeiro na Nascar, a Gen-7 deve representar algo maior do que mudanças na engenharia e no design dos carros.
A estreia da nova geração deve ser acompanhada por alterações na competição e até no quadro de pilotos — seguindo uma natural renovação após a aposentadoria de algumas lendas do circuito.
A observação das novidades que traz o Gen-7 avaliza essa análise. Os protótipos mais atuais indicam três direcionamentos no desenho: a eficiência, a contenção de gastos e praticidade.
A eficiência dos novos carros pode ser especialmente útil para o maior uso dos traçados rovais nas pistas; a economia visa incluir mais fabricantes no grid e ampliar os negócios da modalidade.
A praticidade, por fim, muito criticada pelos fãs mais tradicionais, de certa forma abre a Nascar para outros tipos (e outras idades) de pilotos, mirando novas audiências para a competição.
As principais novidades do Nascar Gen-7
- Rodas de liga leve e com porca única
- Direção com cremalheira
- Câmbio sequencial com seis marchas
- Difusor traseiro de maiores dimensões
- Downforce inteiramente mecânico
- Pneus maiores
- Freios maiores
- Exaustores do escapamento bilaterais
Got some new wheels to show you… pic.twitter.com/XGdgZviRlK
— Erik Jones (@Erik_Jones) January 16, 2020
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Os testes da nova geração de carros da Nascar
Nunca os testes de uma nova geração de carros da Nascar foram tão observados. Obviamente, por conta da paralisação da competição durante a pandemia do novo coronavírus.
Os teses para a Gen-7 começaram em outubro de 2019, começando com o inusitado modelo “camuflado”, repleto de padrões de ilusão de ótica em sua carcaça. Depois, foram testes “secretos” com pilotos consagrados do naipe de Austin Dillon, que correu em Richmond, e Joey Logano, que acelerou em Phoenix.
Somente em novembro de 2020 que dois carros foram testados juntos, para incluir nos dados as respostas para a diferenciada resistência do ar de uma corrida de fato.
Nessa rodada, testaram o Gen-7 os veteranos Kurt Busch e Martin Tuex, que correram em Charlotte tanto no roval quanto no oval.
Os resultados e as impressões dos testes do Nascar Gen-7
Todo o processo da testagem da Gen-7 tem sido bastante sigiloso. Pelo menos até o momento em que Kurt e Tuex foram às pistas.
De resultados a impressões, os ansiosos fãs da Nascar puderam ter valiosos feedbacks sobre a sétima geração:
- Tempos médios de 83/84 segundos. O recorde da sexta geração é de 85s, feito por Chase Eliott
- Melhor desempenho na pista roval
- Resposta mais rápida na frenagem, aceleração e direção
- Câmbio sequencial útil e confortável
- Downforce mecânico um tanto problemático
- Som do carro mais grave e poderoso que agradou os pilotos
Da primeira à sétima geração da Nascar
A preparação da sétima geração da Nascar também é uma oportunidade para relembrar os carros que antecederam a Gen-7. Afinal, traçar a evolução das gerações da Nascar ajuda a contar a história da competição em si e, por que não, a do país que a sedia.
Veja a primeira geração, por exemplo, datada do fim dos anos 1940, no pós-guerra. Eram essencialmente comuns e datados de antes da guerra, dado à uma defasagem na produção industrial do país norte americano.
A segunda geração já começa a ter carros com chassis modificados. Era o fim dos anos 1960, do automobilismo entrando em sua “era romântica”. Já nos anos 1970 mas ainda na segunda geração, os carros tinham aerofólios mas não redes de segurança.
A terceira geração de carros da Nascar seguiu essa toada. Lançada nos anos oitenta, foi a primeira a ter carros de fato desenhados para corrida. A segurança, no entanto, ainda estava em marcha lenta: até havia a hoje famosa rede lateral, mas o motor não tinha qualquer restrição de velocidade.
Os carro da era moderna da Nascar
Nos anos 1990, a geração 4 (foto acima) foi a de maiores mudanças, acompanhando as altas cifras que a Nascar passou a movimentar. Foram grandes investimentos na aerodinâmica dos carros e uma impecável atenção aos detalhes.
Depois da trágica morte do lendário piloto Dale Earnhardt, em 2001, a Gen-4 passou a ser mais equipada em dispositivos de segurança, com restrição aos motores e chassis padronizados para todas as equipes.
Essas medidas foram aperfeiçoadas na geração 5, que debutou em 2007 com splitter frontal como uma das principais novidades.
Por fim, em 2012, a Gen-6 aproveitou os avanços do chassi da Gen-5 e apostaram no maior desenvolvimento do design dos carros, numa tentativa de tirar alguns centésimos das voltas ao mesmo tempo em que deixar os modelos mais apelativos para a televisão.
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*Última atualização no dia 15 de novembro de 2023
Jornalista formado pela UNESP, foi repórter da Revista PLACAR. Cobriu NBB, Superliga de Vôlei, A1 (Feminino), A2 e A3 (Masculino) do Campeonato Paulista e outras competições de base na cidade de São Paulo. Fanático por esportes e pelas histórias que neles acontecem, dos atletas aos torcedores.